terça-feira, 30 de outubro de 2007

Cerveja, Bakel, Peles, Polícia

Sábado, 27 de Outubro. Levantamento da poligonal, correu bem. Consegui ler a 10 km. Todo o dia a andar. Chegou o Messias, fez o jantar. O pessoal já não comia uns bifes assim há muito tempo. O irmão do comandante da policia, acabou por ficar a trabalhar comigo, porque não tem carta de pesados. À noite fiz uma visita guiada a Selibaby, para mostrar a cidade ao Messias.
Domingo, 28 de Outubro. Alvorada às 6 e meia. Saída de casa às 7. Viagem para Gouraye. Chegámos lá tão cedo que o pessoal da alfândega ainda não tinha chegado. Chegámos a acordo com a polícia. Puseram-me a única cadeira do posto à disposição. Tudo graças ao meu Hadj. Eu grande chefe. Em Bakel fomos direito à casa do Ahmed, irmão do Hassan, para trocar dinheiro. Depois Chez Jeanne. Almoçámos lá. Conhecemos o Remi, tunisino, compra peles para uma empresa turca. Acompanha o abate de animais em Selibaby, deu-me o nº de telefone para podermos contactá-lo e comprar carne boa. Dia bem-disposto. No regresso a alfândega mauritana chateou-me muito. Deu-me três hipóteses para o futuro: 1ª Solicitação da embaixada de Portugal, para a importação de bebida. Portugal não tem embaixada na Mauritânia. 2ª Autorização do governador para abastecimento, (não pode pôr bebida porque é interdito aqui) em Bakel. Uma para cada vez e cada pessoa que lá vá. Coitado do homem, começava a ter mais trabalho connosco, que o que tem com toda a província. 3ª Passarmos onde ele não nos veja, também não nos procurará. O polícia que me acompanhava, só dizia “ça c’est pas bon”. A ver vamos, começo a estar farto destes gajos. No entanto a viagem correu bem.2ª Feira, 29 de Outubro. Segunda poligonal feita. Dia em cheio. À noite grande confusão com o João. Estava tocado, muito chato, faz-me lembrar alguém quando está com os copos e não admite. O problema é que ele é motorista. Faz centenas de km por dia. Bebeu-me quase metade da minha cerveja e às 2 da manhã, arrancou para Kaédi. De manhã já lá estava.

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