segunda-feira, 28 de julho de 2008

De volta a Selibaby

2ª Feira, 28 de Julho. Volto à escrita um mês depois. As férias já lá vão. A Bênção do Gado terminou hoje, com a devolução da imagem do Senhor Jesus. Só pude assistir aos primeiros dias, mas ainda deu para ver muitos ausentes como eu, que voltam à terra nestas ocasiões. Ainda pude assistir a dois concertos da minha Inês, um em Constância e outro em Torres Novas. No meu regresso à Mauritânia, fiquei três dias em Bakel, devido às chuvas. Na véspera da minha chegada foram só 160 litros em 24 horas… Acabei por chegar a Selibaby só na quarta-feira. E teve que ser o Demba a ir-me buscar, porque os portugueses, tiveram todos medo. A primeira noticia que tive foi que a minha carrinha, que é uma Toyota Hilux, como 50% dos carros na Mauritânia, ainda não está arranjada por falta de peças… A do Rafa é uma Mitsubishi L200 e está parada à dois meses… por falta de peças. Com a chuva cinco camiões nossos ficaram retidos em Garfa por sete dias. O andamento dos trabalhos é agora penoso. Na sexta-feira a Caren e a Amanda vieram almoçar connosco, para se despedirem do pessoal. No sábado partiram de vez. A Joni e o Nick, já tinham partido quando cheguei. A equipa que me ajudou a passar algum tempo aqui em Selibaby, partiu. As despedidas são sempre emotivas. Quando sabemos que serão definitivas são-no ainda mais. Mas se há sempre alguma coisa de nós que se perde com as despedidas, também ganhámos algo em troca, no mínimo memórias dos momentos partilhados. Que se tornarão difusas com o tempo… A minha horta está bem e recomenda-se. O milho já tem dois metros de altura e bandeira ao vento. As alfaces semeadas há um mês já estão a ser comidas, tal como os rabanetes. Pepinos nem se fala, apanhamos todos os dias. As bananeiras estão todas bem vivas. Duas papaieiras também. Ontem fizemos um jantar no nosso churrasco, aproveitei para assar alguns pimentos (picantes), era ver o pessoal a comê-los todo contente e a mudar de cor e a beber muita água. Estamos agora no meio da estação das chuvas, aqui denominada hivernage, a temperatura é agora bem mais suportável, +- 30 graus, as pessoas daqui cultivam todas as zonas baixas, principalmente, milho, feijão e amendoim.

Tem os que passam

Tem os que passam, de Alice Ruiz "Tem os que passam e tudo se passa com passos já passados tem os que partem da pedra ao vidro deixam t...