Sábado, 29 de Setembro. Noite muito má. O nariz não deu descanso, pingava continuamente. Fui calibrar a estação. Doía-me o corpo todo. Definitivamente não ia conseguir trabalhar. Às 10 horas, dei o dia por terminado. Fui-me deitar. A Febre começou a atacar. Arrepios de frio. Dores por todo o lado. Levantei-me para almoçar. Estive um pouco no escritório. Definitivamente não era o meu dia. Deitei-me cedo, umas 8 horas. Acordei pelas 9 e meia, estava completamente encharcado, ouvi vozes parecia ser muita gente. Fui tomar um duche para arrefecer. Depois fui ter com o pessoal. Estavam no refeitório com os americanos. Devem ter pensado que era um extraterrestre que entrou. Estava a transpirar tanto com a febre, que mais parecia ter vindo directo do duche, vestido e tudo. Vimos o filme Borat. Nunca tinha visto tanta parvoíce junta. A noite foi muito difícil.
Domingo, 30 de Setembro. Levantei-me de manhã, 7 e meia, despachei-me e lá fomos nós para Bakel, buscar estacas. Levámos dois carros, porque muita gente quis ajudar. O Baltazar, o João, o Luís, mais o Hassan e o seu irmão Ahmed e a americana Karen. Quando chegámos a Gouraye, lá tive que voltar ao calvário, de falar com a alfândega e a polícia. Ainda não tenho autorização do governador para importação de bebidas alcoólicas. Ele tem estado sempre em Nouakchot. Depois de tudo muito bem falado e conversado, lá partimos. Em Bakel fomos direitos à casa do irmão do Hassan, o pessoal queria todo trocar dinheiro. Depois só queriam um bar para beber cerveja. Como nestas coisas, acontece sempre, achámos logo um, o “Chez Jeanne” claro entrámos e foi logo a matar cinco “Flag” de 65 cl. E eu não queria, mas… E olha, saímos de lá quando esgotámos as “Flag” e experimentámos as “Gazelle” mas o pessoal não gostou muito. Fomos almoçar ao “Hotel Islam”. Só tinham quatro doses. De peixe com arroz. Que venha. O João só dizia e cerveja? Mas nada. Não tinham. Saímos e fomos ter com o Malik, verdadeira razão da nossa ida a Bakel. Grande festa. Toda gente se meteu com ele. Paguei-lhe. Ficou a atar as estacas em molhos. Foi-nos levar novamente ao bar da semana passada. Havia “Flag”. Mais duas para o caminho. Cada um comprou uma grade da Holandesa. Porque queríamos lata e a Flag só em garrafa com depósito. A Karen mesmo assim comprou um monte de Flag. Alugámos um táxi. Parecia que estávamos no filme do Borat. Atravessámos de barco e direito a Selibaby. Nunca pensei que fazer 45 km vezes dois fosse tão duro. Duas horas para cada lado. A areia já está seca e solta. Os carros têm dificuldade de tracção. O pó fica no ar por longo tempo. Mas a doença passou. Na véspera um americano perguntou-me o que tinha e respondi “flu, i hope” e felizmente era. Passei uma noite muito melhor.
2ª Feira, 1 de Outubro. Fui buscar os putos. Fomos para o campo. As coisas hoje correram bem. Marquei 1.5 km. Deixei-os em casa ao meio dia. O calor estava insuportável. E embora eu leve sempre água para eles, não a bebem, por causa do Ramadão. Mas não podem com uma gata pelo rabo. Quis-lhes fazer ver que se trabalharem bem são recompensados. Estou cansado, mas recuperado. A cerveja acabou de curar a constipação. Ligou o João a contar detalhes da reunião com o Eng. Mestre e a Eng.ª Helena. O ambiente está complicado com a Norvia. O meu GPS vai ser colocado na alfândega na 4ª feira. A minha primeira reacção à Mauritânia foi negativa, passei um mau bocado. Estou mais à vontade agora que passei essa fase, para o dizer. Então hoje levantei-me e fui cortar a barba e o cabelo. A máquina quase não trabalhava, não sei se era da corrente ou se já deu o que tinha a dar… Como fui eu que cortei o cabelo e não vejo atrás, não faço prognósticos de como terá ficado o corte na face oculta. Mas o que interessa é que, sinto-me outro. E o que vejo diz-me isso. O Baltazar quer que lhe arranjemos trabalho para sexta-feira… lá terá que ser. É porreiro. Os AFA’s são quase todos.
Domingo, 30 de Setembro. Levantei-me de manhã, 7 e meia, despachei-me e lá fomos nós para Bakel, buscar estacas. Levámos dois carros, porque muita gente quis ajudar. O Baltazar, o João, o Luís, mais o Hassan e o seu irmão Ahmed e a americana Karen. Quando chegámos a Gouraye, lá tive que voltar ao calvário, de falar com a alfândega e a polícia. Ainda não tenho autorização do governador para importação de bebidas alcoólicas. Ele tem estado sempre em Nouakchot. Depois de tudo muito bem falado e conversado, lá partimos. Em Bakel fomos direitos à casa do irmão do Hassan, o pessoal queria todo trocar dinheiro. Depois só queriam um bar para beber cerveja. Como nestas coisas, acontece sempre, achámos logo um, o “Chez Jeanne” claro entrámos e foi logo a matar cinco “Flag” de 65 cl. E eu não queria, mas… E olha, saímos de lá quando esgotámos as “Flag” e experimentámos as “Gazelle” mas o pessoal não gostou muito. Fomos almoçar ao “Hotel Islam”. Só tinham quatro doses. De peixe com arroz. Que venha. O João só dizia e cerveja? Mas nada. Não tinham. Saímos e fomos ter com o Malik, verdadeira razão da nossa ida a Bakel. Grande festa. Toda gente se meteu com ele. Paguei-lhe. Ficou a atar as estacas em molhos. Foi-nos levar novamente ao bar da semana passada. Havia “Flag”. Mais duas para o caminho. Cada um comprou uma grade da Holandesa. Porque queríamos lata e a Flag só em garrafa com depósito. A Karen mesmo assim comprou um monte de Flag. Alugámos um táxi. Parecia que estávamos no filme do Borat. Atravessámos de barco e direito a Selibaby. Nunca pensei que fazer 45 km vezes dois fosse tão duro. Duas horas para cada lado. A areia já está seca e solta. Os carros têm dificuldade de tracção. O pó fica no ar por longo tempo. Mas a doença passou. Na véspera um americano perguntou-me o que tinha e respondi “flu, i hope” e felizmente era. Passei uma noite muito melhor.
2ª Feira, 1 de Outubro. Fui buscar os putos. Fomos para o campo. As coisas hoje correram bem. Marquei 1.5 km. Deixei-os em casa ao meio dia. O calor estava insuportável. E embora eu leve sempre água para eles, não a bebem, por causa do Ramadão. Mas não podem com uma gata pelo rabo. Quis-lhes fazer ver que se trabalharem bem são recompensados. Estou cansado, mas recuperado. A cerveja acabou de curar a constipação. Ligou o João a contar detalhes da reunião com o Eng. Mestre e a Eng.ª Helena. O ambiente está complicado com a Norvia. O meu GPS vai ser colocado na alfândega na 4ª feira. A minha primeira reacção à Mauritânia foi negativa, passei um mau bocado. Estou mais à vontade agora que passei essa fase, para o dizer. Então hoje levantei-me e fui cortar a barba e o cabelo. A máquina quase não trabalhava, não sei se era da corrente ou se já deu o que tinha a dar… Como fui eu que cortei o cabelo e não vejo atrás, não faço prognósticos de como terá ficado o corte na face oculta. Mas o que interessa é que, sinto-me outro. E o que vejo diz-me isso. O Baltazar quer que lhe arranjemos trabalho para sexta-feira… lá terá que ser. É porreiro. Os AFA’s são quase todos.
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