terça-feira, 12 de março de 2013

Luanda


O que se pode dizer quando nos fogem as palavras? Quando vagueamos por mares tantas vezes navegados. Quando temos amigos que nos recebem de braços abertos. Quando nos sentimos bem vindos. Quando vemos conterrâneos a oito horas de vôo de casa.



Vi Luanda em toda a sua espectacular miséria. O contraste atinge-nos a 190km/h (não é Mário?). O futuro mora aqui. A velocidade da mudança só a pode valorizar quem a vive(u).



Andei em Belas e Luanda Sul, mas também na Coringa, Prenda, Praia Amélia, junto à nova Assembleia ou na ilha de Luanda. Em novas avenidas largas, ladeadas por prédios a reluzir. Em caminhos de terra, com esgoto a céu aberto e casas de terra. Em praias cobertas de lixo. Em praias espectaculares, com nadador salvador e vigias como nos “states”. Entrei em mercados de rua onde o lixo rivalizava com os produtos em venda, em hipers que nada ficam a dever aos melhores.



O Quim e o Bruno apanharam-me na ilha, pagaram um copo no “Jango Veleiro”, comecei na Alta. Matei as saudades do peixe com uns belos carapaus de quilo. Deixei a EKA por uns dias e fui aos treinos de CUCA. Fui ao Mussulo de barco, que praia... Especialmente quando por terras lusas o frio é rei. Aí empreteci num único dia. Claro que estou a pagá-las, pareço uma serpente na época da muda...

Tem os que passam

Tem os que passam, de Alice Ruiz "Tem os que passam e tudo se passa com passos já passados tem os que partem da pedra ao vidro deixam t...