domingo, 2 de junho de 2013

(Des) sonhar


(Des) sonhar. É a sina de tantos por estes dias…

Segundo um provérbio tibetano, se um problema não tem resolução, então não é um problema, é um facto. Se um problema tem resolução, então não é um problema, basta resolver.

Numa época, dita, sem líderes carismáticos, cinzenta, sem desígnios, “de fim de festa”. Os políticos passaram a ser “pragmáticos”, sem programa. A “realpolitik” passou a dominar. Os interesses pessoais estão completamente por cima dos comuns. Um tempo sem ideologias. Descrença, desemprego, desvario, destruição, desespero, des…

É chegado o tempo de resolver. Passar de uma vez por todas a reparar nos pormenores. Ler as letras pequeninas. Ouvir o que dizem os políticos. E cobrar! A democracia é o exercício do poder por representantes do povo, que para tal se habilitaram, mas também é a prestação de contas. E aí reside o nosso problema. Levamos pouco a sério as eleições. Melhor dizendo, não cobramos as promessas não cumpridas após o cumprimento dos mandatos. Deixamos aquilo que devia ser a mais nobre das ocupações, a causa pública, ser desvalorizada até ao nível da sarjeta. Não cuidamos do que é nosso. Permitimos que qualquer um se arrogue o direito de governar. Não exigimos um caderno de encargos, claro, conciso e preciso. Não cobramos.

Dito isto, verifico que ao longo da história só por breves momentos tivemos elites merecedoras de tributo. No mais apenas oportunistas e personagens menores. Dos actuais apenas constato que se tivessem consciência do lugar abjeto que a história lhes reservou desde já, teriam vergonha do papel a que se estão a prestar.

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