(Des) sonhar. É a sina de tantos
por estes dias…
Segundo um provérbio tibetano, se
um problema não tem resolução, então não é um problema, é um facto. Se um
problema tem resolução, então não é um problema, basta resolver.
Numa época, dita, sem líderes
carismáticos, cinzenta, sem desígnios, “de fim de festa”. Os políticos passaram
a ser “pragmáticos”, sem programa. A “realpolitik” passou a dominar. Os
interesses pessoais estão completamente por cima dos comuns. Um tempo sem
ideologias. Descrença, desemprego, desvario, destruição, desespero, des…
É chegado o tempo de resolver.
Passar de uma vez por todas a reparar nos pormenores. Ler as letras pequeninas.
Ouvir o que dizem os políticos. E cobrar! A democracia é o exercício do poder
por representantes do povo, que para tal se habilitaram, mas também é a
prestação de contas. E aí reside o nosso problema. Levamos pouco a sério as
eleições. Melhor dizendo, não cobramos as promessas não cumpridas após o
cumprimento dos mandatos. Deixamos aquilo que devia ser a mais nobre das
ocupações, a causa pública, ser desvalorizada até ao nível da sarjeta. Não
cuidamos do que é nosso. Permitimos que qualquer um se arrogue o direito de
governar. Não exigimos um caderno de encargos, claro, conciso e preciso. Não
cobramos.
Dito isto, verifico que ao longo
da história só por breves momentos tivemos elites merecedoras de tributo. No
mais apenas oportunistas e personagens menores. Dos actuais apenas constato que
se tivessem consciência do lugar abjeto que a história lhes reservou desde já,
teriam vergonha do papel a que se estão a prestar.
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