2ª Feira, 17 de Dezembro. Um salto à obra para fazer o acerto da medição até ao dia de hoje. Pelas 10 horas, já tinha enviado o email com a produção para o Jamaldine e para o Jorge Ferreira. O Zé Manuel está a acabar a camada, pelas 12 horas manda tudo parar. Amanhã saímos daqui. Agora que se aproxima a hora, o tempo custa a passar. Hoje completo 121 dias na Mauritânia.
3ª Feira, 18 de Dezembro. Saímos de Selibaby pelas 7h30m, Paramos em Kaédi para almoçar, e eu para receber o meu bubu e o cafetão do Xavier. Revejo a malta da Tâmega, há já dois meses que não os via. Chegamos a Nouakchott pelas 18 horas, a alteração da cidade é imensa, agora há carros de recolha de lixo. O trânsito é caótico e imenso. No escritório recebemos os bilhetes. Fomos pôr a bagagem ao hotel. Saímos para beber uma cerveja. Depois fomos jantar ao “Al Andaluz”, restaurante espanhol, onde ficámos todos de boca aberta a ver as flores, compreendi que há 4 meses não via flores… Junto à entrada havia um arbusto engraçado, com um aroma muito vivo, alguns clientes chegavam mesmo a cortar alguns ramos para levar, era cannabis. Depois de um belo jantar, com entrada de melão e presunto, mais uma salada de polvo, de dourada grelhada, regada por um belo vinho tinto de Rioja, bebemos um uisquinho. Comecei a sentir-me mal, não saí com o pessoal, fiquei no hotel.
4ª Feira, 19 de Dezembro. O nosso avião saiu com 4 horas de atraso, mas como iríamos ficar bastante tempo em Dakar, não houve problema. Ainda deu para conhecermos uma portuguesa que vive em Nouakchott e é pintora.
5ª Feira, 20 de Dezembro. Pelas 7h20m, o avião da TAP toca no solo em Lisboa. Está muito frio, chove. Finalmente pelas 9 e meia chego a casa. O Xavier e a Inês abrem-me a porta. Férias!
5ª Feira, 3 de Janeiro. Novamente na Portela, para apanhar o avião TAP para Dakar. Trouxe duas malas tão cheias, que não passam no chek-in. Valeu o Arlindo, passei-lhe parte do peso. O problema foi em Dakar, pois a viagem de Dakar para Nouakchott, era pela Air Senegal e aí, só podia levar 25 kg e eu tinha 60… Despachei uma mala pelo Arlindo, pedindo-lhe para ma levar a Bakel, levei a outra.
6ª Feira, 4 de Janeiro. Após quase vinte horas em Dakar, onde fui molhar os pés à praia, fomos surpreendidos com o aviso de última chamada para o voo de Nouakchott, porque este ocorreu uma hora antes do previsto…
Sábado, 5 de Janeiro. Saí com o Baltazar pelas 7 horas da manhã. Viemos na Isuzu. Anda que se farta. Chegámos a Selibaby pelas 16h30m. Só cá estavam o Houari, o Jamaldine e o Hassane, que nos fizeram uma grande festa. Descobri que a internet não funciona, não foi paga…
Domingo, 6 de Janeiro. Dia de trabalho normal, agora é assim. Marquei logo uma grande extensão, na zona do Oed ao 10+500 e em Jedida, onde os gajos me arrancaram dois km de estacas… Assim não dá. Telefonei a dar os parabéns à Augusta.
2ª Feira, 7 de Janeiro. Tive que voltar a Jedida, para voltar a pôr de pé as estacas de ontem e marcar até ao 14+750. Chegaram o Zé Manuel e o Luís, mais o João.
3ª Feira, 8 de Janeiro. De volta a Jedida, mais uma vez voltar a marcar o mesmo da véspera, ia-me passando. Fartei-me de ralhar. O Zé Manuel foi falar com a polícia.
4ª Feira, 9 de Janeiro. Mais uma vez em Jedida, para o mesmo. Marquei também cotas desde o 9+500 ao 10+425. Só ao meio dia soube que era feriado. Dia de ano novo para os muçulmanos. Ninguém disse nada, “raios partam”. A estrada de Tambacounda para Bakel está boa e é asfaltada. O Arlindo pode vir trazer a minha mala.
5ª Feira, 10 de Janeiro. O mesmo em Jedida.
Estes escritos representam acima de tudo estados de espirito. Dia a dia de um português em Portugal
sexta-feira, 9 de maio de 2008
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