terça-feira, 16 de outubro de 2018

Não sou vegano (ainda)


Não sou vegano (ainda)
Há quem queira mudar o mundo, muito bem,
Há quem queira revolucionar o mundo, muito bem,
Eu, com os meus (poucos) cabelos a esbranquiçar
Contento-me em me mudar a mim próprio, por vezes nas nossas incontidas ânsias, esquecemo-nos desse pequeno pormaior…
Apenas deixei de consumir alimentos de origem animal, nestes dois anos perdi muita coisa,
Perdi quase vinte quilitos,
Deixei de ser hipertenso, quando me foi diagnosticada a hipertensão, veio a dica “é normal, é da idade, não caminha para novo, habitue-se”,
Pois bem, com a ausência de alimentos de origem animal, foi-se a hipertensão.
Perdi o hábito de caminhar para a farmácia,
Perdi as dores de cabeça,
As alergias,
Perdi a falta de ar ao subir pelas encostas,
Para que não conste que me deixei de tudo, aviso desde já, que a cerveja e o vinho são frutos fermentados!
Para que seja possível viver neste planeta, devemos reduzir a nossa pegada ecológica, antes mais cedo que mais tarde.
A produção de energia eléctrica é responsável por cerca de ¼, dos gases com efeito de estufa (GEE),
A indústria por cerca de ¼,
Os transportes por cerca de ¼,
A agricultura por cerca de ¼, destes mais de metade tem origem na produção de carne.
A produção de energia eléctrica está cada vez mais renovável,
A indústria está mais limpa,
Os transportes estão a virar eléctricos,
E a agricultura? E a produção animal?
Em Portugal o consumo de carne multiplicou por 5 desde a entrada na EU, em 30 anos, no entanto a população não aumentou.
E cada vez há mais hipertensos, mais alergias, mais doenças oncológicas…
Eu acho que há relação, abandonámos os saberes ancestrais…

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