segunda-feira, 15 de junho de 2015

E nenhuma pele está impedida de voar


Tanto céu e tanto mar

Redemoinhos de azul inebriante volteiam sem cessar

Qual turbilhão de sensos subindo pelo ar

Guinando pelos ventos ascendentes sem parar

Em algum dia desejamos voar

E qual condor de imensas asas, a planar

Imensos campos cheios de vida a saltar

Altas montanhas atravessar

Sem sequer pestanejar

Por mares alterosos navegar

Tudo isto podemos realizar

Sem mesmo sair do lugar

O poder da mente é invulgar

O da palavra espectacular

A sua conjugação permite tudo experimentar

Por mais inverosímil que possa soar

Quaisquer sentimentos pode provocar

Não há coração que não possa amar

Toda a boca deve beijar
E nenhuma pele está impedida de voar

2 comentários:

  1. Vim até aqui pela mão da Margarida. Que maravilha de sensibilidade e simplicidade. Como diz Agostinho da Silva "O difícil é ser simples." Estou a gostar muito. Obrigada, Luís e Margarida. Um abraço!

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