sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta-feira 13!

13 de Novembro de 2009, sexta-feira. Sexta-feira 13. Dia conotado com o azar. Não sei se alguém sofreu de facto algum azar grande numa sexta-feira 13. Mas lá que tem má fama, lá isso tem. É de facto interessante verificar que quando realmente acreditamos em algo, é realmente possível que esse facto interfira com a nossa existência. Muito do que interfere com o nosso organismo e com a nossa vida ocorre num nível cerebral. É de facto mais susceptível de acontecer algum milagre, por interferência de algum santo, a alguém católico que a outrem que nunca ouviu falar em santos nem em milagres. É possível a um feiticeiro, ou curandeiro, ou doutor-tradicional, curar pessoas com maleitas não tratadas por médicos, desde que essas pessoas acreditem no poder (mágico) destes curandeiros. É engraçado verificar que após todos estes séculos de evolução continuamos reféns de supostos intermediários com o além, o paraíso ou que lhe quiserem chamar. E o que é mais fantástico é que a razão que levou ao aparecimento de tais crenças é a mesma que continua a levar uma grande proporção de pessoas a aceitar submeter-se a outrem com tais panegíricos. Desde o inicio que achamos que somos diferentes das outras criaturas deste planeta. Somos especiais. Logo terá que haver uma razão para tal. Essa razão é que somos protegidos de Deus. Somos uma cópia exacta. Se nos portarmos na linha teremos um prémio. Ascenderemos ao paraíso. Não conseguimos aceitar que somos parte dum todo. Somos apenas mais uma variação com que a vida brindou este planeta. Temos que nos achar especiais. Criámos então um deus à nossa imagem e semelhança. Eu sei que é perigoso dizer isto. Porque os guardiões da fé não acham piada nenhuma a alguém que lhes descobriu a careca. A alguém que lhes pode fazer perder os laudatórios. Os privilégios. Enquanto a pregação é acerca do amor, da bondade e da submissão. A prática é a repressão. O degredo. Em casos extremos a eliminação. A maioria das pessoas tem vidas de tal modo tristes e sem sentido, que tem forçosamente de encontrar um sentido para a vida. Esse sentido é a entrada no paraíso, desde que se portem na linha cá em baixo. Acham isto normal? Sejam pobres, humildes, servos, que depois serão recompensados. DEPOIS. Quem diz isto, retruca, depois de confrontado com a vida de privilégios que leva, com frases do tipo, faz o que eu digo, não o que eu faço, que eu sou pecador e a carne é fraca. Ou seja só o rebanho é que se submete. Peço muita desculpa mas não sou ovelha!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tem os que passam

Tem os que passam, de Alice Ruiz "Tem os que passam e tudo se passa com passos já passados tem os que partem da pedra ao vidro deixam t...